Inhoaíba Zona Oeste RJ

A edificação de um marco “Monumento aos Abolicionistas” de autoria de Miguel Pastor, na praça lateral ao Teatro Artur Azevedo em Campo Grande, foi o primeiro passo para a criação da ” Festa do Preto Velho ” em Inhoaiba, considerada a mais tradicional do país, chegou a reunir gente de todos os estados brasileiros, de parte do mundo e turistas interessados no assunto, filmada até por televisões estrangeiras .

O Monumentos dos Abolicionistas foi edificado em 1958, quando se festejava 70 anos da abolição, e em Inhoaiba um movimento em abaixo assinado reivindicava um busto do antigo escravo Tio Quincas, com mais de 100 de idade como forma de perpetuar um figura conhecida na região.

No ano seguinte através de um manifesto, o local em Inhoaíba, passou a ser utilizado para os cultos afro brasileiros, pois a obra havia sido criada com todas as características de um “abasse”; templo próprio para a essa finalidade.

Em 1960 a praça foi consagrada com um ritual realizados pela Tenda Espírita N S da Piedade e aconteceu a primeira festa religiosa naquele monumento de Tio Quincas. Cinco anos depois a “Festa do Preto Velho” entrou para o calendário oficial das festas da Administração Regional de Campo Grande e Secretaria de Turismo .

Milhares de pessoas e dezenas de terreiros de Umbanda reuniam-se para a festa que se tornou uma tradição e se consagrou como o maior ritual coletivo de Umbanda no Brasil , além governantes e autoridades locais.

A Festa dos Pretos Velhos tem sua origem nos cultos aos espíritos dos antepassados africanos trazidos pelos negros oriundo do grupo Bantu. Somente em 2015 sob a lei nº 5989 de 16 de outubro que o logradouro foi reconhecido sob a denominação de Praça dos Pretos Velhos.

No espaço há um conjunto escultório de autoria de Miguel Pastor denominado “Homenagem ao Pai Preto” um obelisco de 9 metros de altura revestido de pastilhas bege e um mural de 3 metros dividido em dois painéis registra com pastilhas pretas e vermelhas um desenho do artista. Um dos primeiros monumentos de caráter religioso implantado no espaço público em reconhecimento à simbologia e imponência da religião afro-brasileira.

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