O Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Xavantes do Tingui foi um bloco de embalo que marcou presença no Carnaval carioca, especialmente na década de 1980. Oriundo do bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o bloco destacava-se por suas fantasias inspiradas em tribos indígenas, com predominância das cores vermelha e branca. Seus desfiles eram animados por uma bateria afiada, que encantava o público com sua energia e ritmo.
Portando lindos cocares, arcos, flechas e trajando tangas, o bloco possuía alas com nomes marcantes como: Impacto, Paz, Justiça, Garapa, Veneno, Cocotas, além do carro Abre-Alas. O Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Xavantes do Tingui competia com blocos tradicionais como Bafo da Onça, Cacique de Ramos e Boêmio de Irajá em desfiles na Avenida Rio Branco na década de 1980, como bloco de embalo ou empolgação.
Os blocos de embalo na cidade do Rio de Janeiro tiveram seu momento de grande popularidade, chegando inclusive a ter suas músicas registradas em um disco pela RCA. Em 1980, o Xavantes do Tingui participou de uma coletânea de sambas de blocos de embalo, lançada pela RCA, com a faixa “Barraco Destelhado”, interpretada por Adhemir Lima.
Em termos de competição, o Xavantes do Tingui participou de diversos desfiles oficiais. No Carnaval de 1981, competiu no Grupo B dos blocos de empolgação, obtendo 90 pontos. Em 1982, desfilou no Grupo A-4, alcançando 62 pontos. Já em 1983, permaneceu no mesmo grupo, somando 105 pontos. No Carnaval de 1985, o bloco competiu novamente no Grupo A-4.
A quadra do bloco, localizada na Estrada Santa Maria, no Largo do Tingui, recebia nomes de peso do mundo do samba, tornando-se um importante ponto de encontro para sambistas e foliões da região.
O bloco é lembrado com carinho pelos moradores de Campo Grande, sendo mencionado em relatos sobre os carnavais de rua da região. Sua contribuição para a cultura carnavalesca local permanece viva na memória dos foliões que acompanharam seus desfiles e celebrações.