Estrada do Monteiro Campo Grande RJ

Fonte: Family Search

Em homenagem à família do Capitão Antônio da Silva Monteiro (imagem acima), proprietário da Companhia de Tecidos de Linho de Sapopemba e da antiga Fazenda do Outeiro do Rio da Prata do Cabuçu. Ele era filho e herdeiro direto de Estevão da Silva Monteiro, que recebeu de D. João VI, em 1789, as “Sesmarias dos Monteiros”. Estevão foi casado com Ana Francisca da Cruz, com quem teve dez filhos. Além disso, a família também possuía propriedades no centro da cidade, que foram desapropriados para abertura da rua Santa Luzia em 1815 em cumprimento de uma promessa feita por D João VI, de levar o neto , o infante D Sebastião ao templo de Santa Luzia depois de o menino ter escapado de varíola que lhe atacava os olhos e o caminho para o templo era interceptado pela chácara da viúva, cujo portão se abria na praia.

De acordo com o Family Search o Capitão Antônio da Silva Monteiro nasceu em 11 de novembro de 1783, no Rio de Janeiro, seu pai, Estêvão da Silva Monteiro, tinha 35 anos e sua mãe, Ana Francisca da Cruz, tinha 34. Ele se casou com Anna Joaquina Castrioto por volta de 1809, no Rio de Janeiro. Eles foram pais de pelo menos 1 filho e 2 filhas. Ele morreu em 26 de abril de 1844, em Barra Mansa onde residia, aos 60 anos, e em segundo casamento com Gertrudes Raimunda da Cruz com quem teve cinco filhos .

No inventário de bens do Capitão, realizado no Juízo de Barra Mansa, ele declara as terras doadas pela Coroa ao pai em Campo Grande, mas não as contempla, pois estavam ocupadas por intrusos, deixando-as sob partilha para herdeiros legítimos e ilegítimos. Com o falecimento da viúva Dona Gertrudes Raymundo da Cruz Silva e Almeida, os herdeiros legítimos realizaram, em 1856,um registro paroquial das terras na Igreja de Nossa Senhora do Desterro, com a intenção de recuperá-las, mas não o conseguiram dentro do prazo estabelecido. As terras, de grande extensão — que se estendiam desde a Serra de Bangu até os limites com as fazendas dos Viegas, Cabuçu e Camorim — já haviam sido invadidas por grileiros, que realizaram usucapião e se tornaram proprietários. Em 1925, o Governo desapropriou as terras onde havia cachoeira, e destinou ao abastecimento de água da capital

Jornal do Commercio (RJ) – Ano 1999\Edição 00195

Até mesmo os terrenos que a Companhia Progresso Industrial cedeu em forma de aluguel para funcionários da Fábrica de Tecidos em Bangu  teve a propriedade dos terrenos questionada pelos herdeiros do capitão.

Discussões judiciais sobre a  legitimidade da propriedade das terras doadas pela Coroa a Estevão envolveram mais de 115 herdeiros , entre eles a falecida cantora Dorinha Duval que era tataraneta do capitão Antônio da Silva Monteiro,  se arrastaram por anos no judiciário com herdeiros na Barra, Recreio, Jacarepaguá, Realengo, Bangu e Campo Grande

Intervalo (RJ) Ano 1967\Edição 00252
O Jornal (RJ) – Ano 1967\Edição 14116
Jornal do Commercio (RJ) Ano 1999\Edição 00195

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