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Personalidades de Campo Grande pedem mais atenção e investimentos ao bairro, que completa 416 anos


Neste domingo, um dos bairros mais populosos do Rio de Janeiro celebra seus 416 anos de história. Ao longo de mais de quatro séculos, Campo Grande expandiu-se, recebeu novos moradores e foi palco de inúmeras trajetórias marcantes. Para comemorar a data, cinco residentes revelaram qual presente ideal gostariam de oferecer ao lugar que, apesar dos desafios, conquistou seus corações.

A empresária e influenciadora digital Carola Lima, de 36 anos, escolheu Campo Grande há uma década como lar para sua família. Casada e mãe de três filhos, ela já frequentava a região na adolescência, mas decidiu mudar-se em busca de mais espaço e qualidade de vida:
— Morávamos em Irajá e, quando meu terceiro filho nasceu, senti a necessidade de um lugar maior. Aqui ainda é possível encontrar construções novas a preços acessíveis e oferecer conforto, como uma casa com quintal — relata.

Foi também em Campo Grande que Carola lançou a própria marca, a Carola Cosmetics. Antes, ela e o marido revendiam produtos de porta em porta, enquanto ela conciliava a divulgação e a contabilidade com os cuidados com os filhos. Ao se estabelecer no bairro, o negócio prosperou até se transformar em uma marca própria. Hoje, Carola soma quase meio milhão de seguidores no Instagram e mais de um milhão no Facebook.
Mesmo grata pelo impacto positivo que a região teve em sua vida, ela reconhece os problemas locais:
— Campo Grande tem grande arrecadação, mas é negligenciado em infraestrutura. Faltam calçadas adequadas, praças bem cuidadas, saneamento básico eficiente e melhorias na saúde. O presente ideal seria investir no básico.

A professora e escritora Odaléa Ranauro, de 71 anos, compartilha da mesma visão. Moradora desde a infância, ela dedicou parte de sua vida a registrar a memória do bairro, inclusive coassinando o livro “Rumo a Campo Grande por trilhas e caminhos”, publicado em 2004.
— Aqui realizei meus sonhos, me casei e criei minha família. Escrevi sobre Campo Grande por amor — conta. Para ela, a prioridade deveria ser mais investimento público em saúde, saneamento, cultura e educação.

A guia de turismo Deca Serejo, maranhense radicada no bairro há 30 anos, também destaca a necessidade de preservar a memória local. Incomodada com a ausência da Zona Oeste nos roteiros oficiais da cidade, criou o projeto @riodecoracaotour, que oferece passeios históricos. Para Deca, um espaço voltado à história seria um presente fundamental:
— Uma biblioteca ligada à Igreja Nossa Senhora do Desterro teria valor histórico e ajudaria a resgatar a identidade da região.

No campo das artes, o ator, bailarino e escritor Neris Cavalcante, de 50 anos, reforça a importância da cultura. Com carreira marcada por experiências no Brasil e no exterior, ele escolheu permanecer em Campo Grande para inspirar jovens. Todos os anos, seus alunos participam do espetáculo que estreia em seu aniversário, em dezembro. Neste ano, o musical será uma homenagem a Lulu Santos.
— Gostaria que o bairro tivesse um teatro privado, independente da política, com estrutura adequada. O atual, o Arthur Azevedo, sofre até com alagamentos — lamenta.

Já o diretor cultural Ives Macena, de 68 anos, baiano radicado em Campo Grande há 45, fundou a Lona Cultural Elza Osborne após experiências no teatro estudantil e em Minas Gerais. O espaço nasceu com as lonas reaproveitadas da Eco-92 e tornou-se referência cultural. Para ele, a população merece ainda mais:
— Campo Grande precisa de um centro cultural completo, com biblioteca e áreas de lazer. A população cresceu muito, mas ainda carece de opções culturais à altura.

Fonte: Jornal Extra

deca serejo

Deca Serejo é maranhense, moradora de Campo Grande, guia de turismo, graduanda em História e apaixonada pela cidade maravilhosa ,bairrista e idealizadora do Rio de Coração Tour, um Projeto de turismo e de valorização de territórios na Área de Planejamento 5.2 da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro